É a ultrassonografia do coração fetal. Realizada por especialista em analisar cuidadosamente o coração fetal,
tem a finalidade de diagnosticar as doenças cardíacas que se manifestam já na vida intrauterina.
Por se tratar de patologias às vezes muito complexas e de difícil diagnóstico, temos orientado para que se
realize esse exame rotineiramente em todas as gestantes, e preferencialmente com especialistas da área, os
quais estão preparados para dar a melhor orientação para o período pós-natal imediato.
Importante salientar que a ecocardiografia tem sensibilidade em torno de 85% para detecção de cardiopatias
congênitas graves e complexas, quando realizada em condições ideais entre 18 e 22 semanas de gestação.
Devido às limitações próprias do método, pequenos defeitos podem passar despercebidos e outros, embora de origem congênita, somente se manifestam com a evolução da gestação, ou na vida pós-natal.
Ecocardiografia Fetal com Doppler Colorido: Perguntas e Respostas
COMO É O EXAME?
É um tipo específico de ultrassonografia do coração fetal para diagnosticar
cardiopatias congênitas graves e complexas.
POR QUÊ DEVO FAZER O ECO FETAL? CARDIOPATIA CONGÊNITA É TÃO FREQUENTE ASSIM?
A incidência varia de acordo com os autores, a maioria indicando entre 0,4 e 1,3 %,
sendo portanto, a malformação fetal mais comum. Como se não bastasse, as
cardiopatias congênitas são responsáveis por 42% das mortes na infância.
POR QUÊ DEVO FAZER O ECO FETAL? NÃO SERIA APENAS PARA OS CASOS SUSPEITOS OU DE ALTO RISCO?
Embora a prevalência seja maior nas pacientes de risco, em números absolutos, a
maioria dos casos de cardiopatia vem de pacientes consideradas de baixo risco. O
mesmo acontece com os fetos com aneuploidias, sendo assim torna-se imperativo o
rastreio populacional sistemático da mesma forma como é feito com a translucência
nucal.
POR QUÊ DEVO FAZER O ECO FETAL? A ULTRASSONOGRAFIA MORFOLÓGICA NÃO BASTA?
Embora seja o defeito fetal mais freqüente, é também o que mais facilmente passa
despercebido. Não existe um programa nacional de rastreio de cardiopatia
congênita nem um treinamento específico para esta capacitação. Este é um
problema que atinge a maioria dos países (baixas taxas de detecção).
POR QUÊ DEVO FAZER, JÁ QUE NÃO HÁ COMO TRATAR ANTES DO NASCIMENTO?
Existem cardiopatias, algumas muito freqüentes, que demandam intervenção
especializada imediata, com hemodinamicista, cirurgia cardíaca ou drogas que
mantenham o canal aberto até que se programe uma cirurgia paliativa. Em
qualquer caso, o planejamento estratégico do nascimento do feto cardiopata tem
dramático impacto não apenas na mortalidade, mas principalmente no futuro
desenvolvimento cognitivo e psicomotor.
EM QUE ÉPOCA REALIZAR O EXAME?
As melhores imagens são obtidas entre 18 e 22 semanas. Embora seja possível obter
alguma informação em idades gestacionais mais avançadas (até 26 semanas), a sensibilidade cai a
medida que o tempo avança. Nos casos específicos de alto risco, como translucência
nucal alterada com cariótipo normal, podemos realizar a ecocardiografia fetal
precoce entre 13 e 16 semanas pela via transvaginal.
